Diego e Tecnologia pt. 1

Diego Nascimento
5 min readApr 19, 2021

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Essa é uma série de posts que falam a minha relação com tecnologia. Decidi escrever sobre isso para me lembrar o que me fez chegar até aqui.

Esse post é a parte 1.

Antes do antes

2001, por aí

Desde que me entendo como gente eu me lembro de estar brincando ou interagindo de alguma forma com computadores. Lembro de passar tardes mexendo no paint, microsoft word e powerpoint — em que eu adorava criar transições em slides — e realmente me divertia durante muitas horas sem ao menos ter acesso a internet. Lembro que meu primeiro contato com um browser foi usando o Windows XP e ao abrir o browser vi essa telinha:

"pra que serve esse danado do Internet Explorer?"

Eu não tinha a menor noção do problema mas eu lembro que sempre abria o Solução de Problemas do Windows e percebi que na verdade faltava alguma conexão com alguma coisa externa. Sim, eu usava bastante o "Solução de Problemas" do Windows e tentava resolver meus problemas no computador usando ele, ali eu tinha uma "internet" para resolver qualquer problema que estivesse tendo usando o computador. Em 2006, tive meu primeiro acesso a uma rede Dial-Up e eu descobri finalmente para que servia aquele programa. Ter acesso a internet me abriu o mundo, não somente a informação(que saudades do Yahoo! Respostas/Orkut) mas também para jogar e interagir socialmente a partir de jogos. Lembro que nesse período vários jogos como Tibia, Habbo Hotel e The Duel eram os meus favoritos e eu gastava muito tempo com eles. Tive meu primeiro contato com programação ao criar scripts para serem executados a partir de bots do Tibia(Lua) e também ao criar servidores abertos tanto para Habbo quanto para Tibia(Open Tibia) em que usava bastante HTML e precisava configurar coisas no Apache sem a menor noção do que estava acontecendo.

Antes da faculdade

2012, por aí

Durante o ensino fundamental/médio, um dos meus maiores sonhos era ser piloto de avião, acredito que toda a história sobre aviões possa caber em outro post nesse blog mas nesse post irei focar em tecnologia no sentido computacional da coisa, entretanto vim de origem bastante humilde e caindo de cabeça em fóruns, grupos do Orkut/Facebook(sim, esses grupos foram minha única fonte de informação durante um tempo e sou grato a internet por ter mudado minha vida) percebi que talvez não fosse conseguir seguir com esse sonho. Não talvez da forma de como pensava quando era mais novo. Tinha tecnologia como plano B. Já tinha visto inúmeros posts no Quora falando o quão flexível era trabalhar com tecnologia, a quantidade de desafios não solucionados e o quanto de coisas poderíamos fazer ainda; Esse vídeo do code.org; Assim como todos os conteúdos motivacionais de empreendedorismo de startups do começo dos 10’s.

O Plano B

Sempre falei para todas as pessoas que no futuro eu gostaria de trabalhar com uma das duas coisas: aviões ou com computação. Não foi uma escolha difícil para mim escolher como opção no exame da faculdade o curso de engenharia de computação. Lembro que no ano anterior a faculdade eu estudei por conta própria Python e aprendi alguns conceitos básicos como estruturas de controle. Estava bastante empolgado para tudo aquilo.

Faculdade e comunidade

2014

Logo no começo da faculdade eu lembro de chegar com expectativas fortes sobre tudo como assuntos de tecnologia, iniciativa de projetos entretanto não vi isso. Lembro que minhas primeiras impressões foram provas, busca por notas, ranking de notas para conseguir mestrado, intercambio e não o ambiente que estava esperando de inovação. Muito menos toda a motivação para seguir na carreira de tecnologia.

Tive alguns(ou todos🤔) problemas com alguns professores e isso me fez me desencontrar com o que eu imaginava que trabalhar com tecnologia seria.

Em 2015 eu comecei a frequentar meetups de tecnologia e nessa mesma época me encontrava em desilusão com a área de tecnologia e pensava em até focar em outra coisa por causa de problemas com a faculdade. Nesse tempo conheci algumas pessoas incríveis falando que não, tecnologia é mais que aquelas aulas chatas, teóricas e competitivas; mas sim, se tratava de comunidade e que existia um grande compartilhamento de informações, como fazer as coisas, pessoas não eram tão competitivas e tóxicas como a faculdade me mostrava.

Com o passar do tempo e indo para esses eventos consegui ter um amor tão grande por isso que não sei descrever hoje o quanto eu sou grato por cada apresentação, cada conversa que eu tive com vários profissionais nesses eventos desde então. Comunidade é algo muito forte, vale a pena você acompanhar por mais que você não tenha conhecimentos mínimos sobre aquilo que a pessoa que deu aquela talk sobre determinado assunto tá falando. Conversar com profissionais na área é algo essencial pra qualquer carreira e pode até fazer você tirar aquela sujeira do vidro que você pensava que fosse impossível remover. A comunidade é algo acolhedor para mim, se você tem experiência, apresente o quão incrível tecnologia é para pessoas novatas, se iniciante pergunte e converse. Você nunca sabe quando está fazendo um bem danado pra pessoa.

um dos últimos React Recife presencial, antes da pandemia

Esse é o fim da parte 1.

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Diego Nascimento

20, like things that flies, photo nonsense things, PhD in Procrastination. Computer Engineering student and Liferay's intern.